Casa própria mais perto: novo modelo de crédito amplia acesso e reduz barreiras
Mais crédito, novas oportunidades
O governo federal anunciou um novo modelo de crédito imobiliário, uma mudança estrutural que promete impulsionar o setor habitacional e facilitar o acesso à casa própria — especialmente para famílias com renda acima de R$ 12 mil e imóveis de valor intermediário.
Com a reformulação, o sistema deve liberar R$ 369 bilhões em recursos para empréstimos de forma imediata e tornar o financiamento mais competitivo, flexível e sustentável. A expectativa é que a medida beneficie a classe média e estimule o crescimento da construção civil e de toda a cadeia produtiva associada ao mercado imobiliário.
Como funcionava o modelo anterior
Até agora, os bancos eram obrigados a destinar 65 % dos depósitos da poupança para operações de crédito imobiliário, enquanto 20 % ficavam retidos no Banco Central como depósito compulsório. Apenas 15 % dos recursos podiam ser aplicados livremente.
Esse modelo, vigente há décadas, vinha enfrentando limitações devido à queda na rentabilidade da poupança e à menor captação de depósitos, o que restringia a oferta de crédito e pressionava as taxas de juros. Além disso, o teto para financiamentos dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) era de apenas R$ 1,5 milhão, deixando grande parte da classe média fora das condições mais vantajosas.
O que muda com o novo crédito imobiliário
O novo modelo busca modernizar as regras e liberar mais recursos para o mercado. Veja os principais pontos:
💰 Liberação imediata de recursos
Serão liberados R$ 36,9 bilhões de forma imediata para financiamentos habitacionais, com projeção de movimentar R$ 111 bilhões no primeiro ano, um acréscimo de mais de R$ 50 bilhões em relação ao modelo anterior.
🏦 Fim da rigidez na aplicação da poupança
O direcionamento fixo de 65 % da poupança deixa de ser obrigatório.
Os depósitos compulsórios no Banco Central serão gradualmente eliminados.
Bancos poderão usar parte dos recursos da poupança livremente, desde que mantenham volume equivalente de crédito imobiliário concedido.
🏠 Ampliação do teto e novas condições
O limite de valor de imóvel financiável dentro do SFH sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
80 % dos financiamentos deverão seguir as regras do SFH, que limitam juros em até 12 % ao ano, garantindo condições mais estáveis.
A Caixa Econômica Federal já retomou o financiamento de até 80 % do valor do imóvel, após restrições impostas em 2024.
⏳ Transição gradual até 2027
As novas regras serão aplicadas de forma gradual até janeiro de 2027.
Durante a transição, o sistema anterior ainda coexistirá com o novo, permitindo que bancos se adaptem e ampliem suas carteiras de crédito habitacional.
Quem se beneficia com o novo modelo
O principal foco da mudança é a classe média urbana, que antes ficava fora das condições do SFH e agora poderá financiar imóveis com juros mais baixos.
Outros beneficiados incluem:
Famílias com renda a partir de R$ 12 mil, que poderão financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões;
Instituições financeiras menores e fintechs, que agora podem atuar no crédito imobiliário sem depender de captação de poupança;
Setor da construção civil, com previsão de geração de milhares de empregos e aumento na produção de unidades habitacionais.
De acordo com estimativas do Ministério da Fazenda, o novo modelo poderá dobrar o volume de crédito habitacional ativo até 2027, atingindo cerca de R$ 200 bilhões e aumentando a competitividade no setor.
O que fica do modelo atual
Apesar das mudanças, algumas bases continuam:
As operações sob o SFH continuam com juros limitados a 12 % ao ano;
O uso do FGTS segue sendo permitido como entrada ou amortização;
O controle de risco e as garantias continuam sob regulação do Banco Central.
Impactos esperados no mercado
A liberação de recursos e a flexibilização das regras devem provocar uma queda gradual nos spreads bancários, incentivando condições de financiamento mais vantajosas.
Especialistas também esperam aumento da concorrência, com novos bancos e fintechs entrando no mercado, reduzindo custos operacionais e oferecendo mais opções ao consumidor.
A previsão é que até 80 mil novas unidades habitacionais sejam financiadas até o fim de 2026.
Como se preparar para aproveitar as novas regras
A fase de transição — entre 2025 e 2026 — será estratégica para quem planeja comprar imóvel. Durante esse período, coexistem taxas antigas e novas oportunidades, o que torna essencial comparar condições, prazos e cenários antes de fechar contrato.
O ideal é:
Simular diferentes modalidades (SFH, SFI e novos formatos de crédito);
Avaliar o custo efetivo total (CET), incluindo seguros e tarifas;
Observar o prazo de carência e amortização;
E, claro, buscar orientação de especialistas para evitar armadilhas contratuais.
AQBank: sua aliada na conquista do imóvel próprio
A AQBank acompanha de perto as transformações do mercado financeiro e oferece análises personalizadas para quem deseja entender o impacto das novas regras.
Com soluções digitais e equipe especializada, ajudamos você a:
Simular o financiamento ideal para o seu perfil;
Planejar a compra do seu imóvel com segurança e previsibilidade;
Entender as vantagens do SFH e as alternativas do novo modelo;
Acompanhar tendências de juros e oportunidades de mercado.
Conte com a AQBank para transformar o sonho da casa própria em uma decisão financeira inteligente.